Há tempos sou fã da linha Chromebook Pixel do Google, e no evento do Nexus, conheci o Pixel C. Ele é lindo por fora, mas ainda não me convenceu.
Vamos começar pelas coisas boas. Com 10,2 polegadas, o Pixel C procura ser um híbrido de laptop e tablet — leve, fino e pequeno o suficiente para caber na sua mochila. Curiosamente, o Google está vendendo o tablet separado do teclado (eles começam em US$ 499 e US$ 149, respectivamente). Talvez porque eles achem que você irá querer comprar apenas o tablet, ou talvez porque eles vão vender teclados alternativos no futuro.
Sentir este dispositivo nas mãos é incrível. Ele fica preso por imãs, e você irá querer deslizá-lo para fora do teclado antes de separá-lo para ouvir um agradável estalo. O dispositivo dá uma sensação sólida sem ser pesado.
Você acopla o tablet ao teclado ao pressioná-lo gentilmente contra o topo do teclado, dobrando uma base magnética – bem melhor que algumas bases para iPad. Eu não consegui parar de juntá-lo, deslizando as peças uma contra a outra, e as separando.
E enquanto ainda discutimos a sensação de toque, vamos falar sobre o teclado reduzido para caber na tela de 10,2 polegadas do Pixel C.
Sim, ele é um pouco pequeno, e a tecla Enter fica em um lugar estranho. Dito isso, a tecla Delete é muito mais fácil de alcançar, e eu não senti falta da teclas Fn e dos símbolos que eles precisaram remover. As teclas parecem um pouco moles, mas ofereceram resistência o suficiente para darem um feedback satisfatório.
Sim, é um teclado Bluetooth, mas a boa notícia é que ele carrega por indução quando está preso ao tablet. Enquanto isso, o tablet se carrega (é claro) por USB-C. A tela também é muito boa, com 308 ppi e uma boa luz de fundo que chega a até 500 nits. Eu consigo me imaginar vendo um filme nele, ou apenas atualizando um post no Gizmodo.
Porém, como mencionei anteriormente, existe um problema. Os Pixels foram introduzidos como os melhores da linha Chromebook, que rodam o sistema Chrome OS — mas o Pixel C roda o Android Marshmallow.
Existem diversas razões pelas quais a empresa decidiu fazer isso, mas o que isso significa para você é que não há um touchpad no teclado (o Android não funciona tão bem com cursores). Você talvez possa achar que isso não vai ser um grande problema, visto que a tela de toque está logo ali — mas se você estiver digitando um documento, pode ficar um tanto irritante mover o cursor com os seus dedos gordinhos.
Além disso, como a Ars Technica apontou, o navegador Chrome não funciona tão bem no Android quanto no Chrome OS.
O Pixel C usa um potente processador da Nvidia, o Tegra X1, anunciado no início do ano. Ele tem oito núcleos na configuração ARM big.LITTLE – quatro núcleos rápidos para tarefas intensas, mais quatro núcleos que consomem menos energia. O chip gráfico, por sua vez, tem 256 núcleos, e promete bom desempenho para jogos.
Eu acho que o que me fisgou no Pixel foi o formato. O design parece ser uma versão completamente realizada de um computador/tablet. É claro que já existem diversos híbridos bons por aí, com teclados com mais funções e mais, hmm, sistemas operacionais apropriados. Mas o Pixel C me deu a sensação que eu estava segurando tanto um dispositivo móvel, quanto um mais real, como um laptop.
Eu acho que parte disso se deve à tela excelente, mas também foi como eu o senti em minhas mãos — leve e sólido. Resta ver se o Android estará à altura de um design tão bacana.
O Google vai lançar o Pixel C ainda este ano na Google Store.
Matéria retirada deÂÂ Gizmodo, em 30/09/2015, às 15:08