Acessos aos conteúdos e serviços do Terra Networks originados a partir de tablets e smartphones já respondem por 45% da audiência total do portal, de acordo com números revelados a este noticiário pelo CEO Paulo Castro. "Quase metade da audiência de forma estável é mobile. No final de semana inverte, e 55% vêm do mobile. Neste ano ainda o mobile deve superar a audiência de desktops (na semana inteira)", revela Castro, lembrando que em 2012 os dispositivos móveis geravam apenas 15% da audiência.
Além do aumento da penetração de smartphones em toda a América Latina, em especial no Brasil, o executivo atribui o crescimento da audiência móvel à reestruturação, em 2014, da formatação de conteúdos e serviços do Terra. "A audiência se acelerou no último ano com o novo Terra. Pela primeira vez, desde março de 2014, consolidamos uma oferta abrangente também para smartphones e tablets. Temos desde então a mesma oferta de conteúdo em todas as plataformas, com a mesma identidade de cards", conta.
Mas os números de audiência ainda não espelham as receitas publicitárias. Sem revelar números, Castro afirma apenas que as receitas de publicidade geradas pelas plataformas móveis ainda são pequenas na comparação. "Quando a gente transporta o número de usuários únicos, as sessões no celular são mais curtas. Ainda temos maior inventário e maior número de páginas vistadas na web. E além de o impacto no mobile ser menor, o preço médio do impacto no celular ainda é menor do que nos desktops", explica. Na avaliação do executivo, os formatos publicitários precisam se modernizar. "Já oferecemos brand content para as empresas para trabalhar melhor a publicidade no mobile. Isso é questão de tempo. A audiência vai trazer mais anunciantes e aumentar o preço", avalia.
Além dos conteúdos abertos baseados em publicidade e brand content, a head de mobile do Terra, Beatriz Nuñez, destaca a oferta de serviços de valor adicionado para telefones móveis e conteúdos licenciados de terceiros. "Temos uma experiência de dez anos monetizando conteúdos em parceria com mais de 50 operadoras na América Latina, com carrier billing (cobrança direta na conta do usuário ou desconto de créditos pré-pagos). E criamos esse valor como canal de distribuição para importantes marcas de conteúdos e serviços. Temos parceria para canais de grandes marcas de diferentes categorias, como McAfee, FSecure, Playboy, ESPN, Universal, Disney, EA Games", conta Beatriz. "É uma linha importante de receitas do Terra. São serviços de alto valor para o cliente, que melhoram de alguma forma a vida do usuário e pelos quais estão dispostos a pagar", completa.
Atualmente, a proporção da oferta de conteúdos e serviços do Terra é de 30% próprios e 70% licenciados de terceiros.
360o
Apesar do aumento da penetração dos smartphones, a head de mobile do Terra não acredita na morte de canais mais tradicionais para a entrega de serviços de valor adicionado, como o SMS e o portal de voz.
"Para clientes com smartphones temos mais condições de entregar serviços de alto valor. É uma oportunidade de oferecer melhor experiências e produtos, com vídeos e aplicativos. Mas vemos que nem sempre um usuário tem acesso a um plano de dados móveis, ou não há disponibilidade de cobertura 3G ou 4G, e o SMS, por exemplo, acaba sendo o canal mais confiável para a entrega de serviços como alertas de gol", explica. "A estratégia do Terra é ter uma oferta 360o para abrigar desde o telefone mais básico, com SMS, WAP e portais de voz, até um smartphone ou tablet", complementa Paulo Castro.
"Cada canal tem um propósito e não deixa de existir com o surgimento de canais adicionais. Todas as ofertas são 360o e entregamos a melhor solução de acordo com o conteúdo", conclui Beatriz.
O Terra soma atualmente 25 milhões de usuários de serviços móveis pagos em toda a América latina. Um dos canais de conteúdo de mais sucesso é o de futebol, que em maio registrava 2,2 milhões de usuários pagos em toda a região.