Construção em alta
Participando de dois mercados que vivem realidades diferentes o industrial e o da construção -, Norton trabalha para equilibrar os negócios.
Com produtos voltados tanto à indústria como à construção civil, a Norton viveu duas realidades distintas em 2013. Enquanto o segmento industrial registrou um período negativo, ainda com dificuldades na produção de manufaturados, afetado pela baixa competitividade do País devido ao custo elevado no Brasil, o setor da construção, mais uma vez, encerrou o ano em terreno positivo, com incremento de 12% sobre 2012.
O bom desempenho, entretanto, não é obra do acaso. Alexandre Brito dos Santos, diretor Comercial América do Sul da Norton, explica que a companhia procura manter a proximidade com revendedores e distribuidores, entendendo as necessidades em produtos e de programas de marketing e relacionamento. "Somente no ano passado, lançamos mais de 700 itens, que complementam e visam melhorar nossa oferta aos clientes", revela o executivo.
Para que isso fosse possível, investimentos industriais foram necessários para aumentar a capacidade produtiva de várias linhas de produtos. Tanta atenção tem uma explicação: a organização enxerga boas oportunidades de crescimento na área de construção, tanto residencial, como comercial e industrial.
Santos lembra que o parque fabril do negócio Abrasivos da Saint-Gobain na América do Sul conta com sete fábricas no Brasil, além de unidades na Argentina, Colômbia e Venezuela. Em várias dessas unidades, a empresa mantém Centros de Excelência, que contam com uma estrutura para treinamentos práticos e teóricos, além do desenvolvimento de novos produtos. O mais recente foi inaugurado, no ano passado, em Guarulhos (SP), e conta com uma moderna infraestrutura de equipamentos, auditório e ambiente para provas práticas para lixas. "O negócio de Abrasivos é dividido em cinco unidades de negócio: lixas, rebolos, discos de corte e desbaste, discos diamantados e máquinas para construção, além do negócio de Superabrasivos rebolos diamantados para área industrial. Cada uma possui sua estrutura de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, além de contar com os centros mundiais nos Estados Unidos, Europa, índia e China", reforça o diretor, acrescentando que a empresa tem como meta manter, no mínimo, 35% da linha de produtos com menos de cinco anos.
Atendendo a clientes em todo o Brasil, com 14 filiais de vendas, o executivo destaca que a proximidade com os clientes é uma realidade nos negócios da empresa. Para tanto, desenvolve material para pontos de venda e de divulgação, merchandising e oferece treinamentos, tanto locais como por meio dos Centros de Excelência localizados nas fábricas. "Além de sermos parceiros da Anamaco, oferecendo cursos e indicando lojistas para participarem de treinamentos na Loja Escola, mantemos um programa estruturado de distribuição de material de merchandising nas lojas", explica Santos.
Com a baixa competitividade das indústrias e os altos custos de produção no País, a Norton procura ajuda das a reduzir os seus custos de produção e aumentar a qualidade de seus produtos finais através de um processo estruturado de consultoria chamado Programa de Soluções por Processo (PSP), cujo objetivo é entender as necessidades dos clientes e apresentar alternativas de reduções de custos baseados em novos produtos ou mudanças no processo produtivo. "Para os distribuidores e revendedores, também usamos o programa, mas com foco no aumento das vendas e oportunidades, enxergando melhor as necessidades em termos de programas de marketing, treinamento e serviços, entre outros.
Desenvolvemos mais de mil projetos desse programa em 2013 que, seguramente, ajudaram a melhorar os resultados", garante o executivo.
Na percepção de Santos, até o momento, o ano de 2014 está sendo de menor crescimento devido aos problemas vividos pelo setor industrial e também atribuído a uma baixa atividade do setor antes e durante a Copa do Mundo. No entanto, para este segundo semestre, é esperada uma recuperação pela sazonalidade natural e pelo fato de haver mais dias úteis de trabalho. "Projetamos crescimento de cerca de 10%", antecipa.
Atualmente, os recursos estão sendo destinados à continuidade da ampliação da capacidade produtiva e na melhoria dos processos e serviços através de um programa estruturado de inovação, em que a companhia busca entender as necessidades de mercado e transformá-las, ainda mais rápido, em novos produtos e serviços. "Para 2015, pela necessidade de obras residenciais e de infraestrutura no País, nossa expectativa é de que seja um ano melhor do que este", finaliza Santos.