Devido às restrições do iOS, as empresas de segurança são impedidas de desenvolver apps de segurança que combatam vírus em iPhones, iPads e iPods. Toda a segurança dos dispositivos com iOS fica por conta da Apple.
As companhias de antivírus, porém, formaram um comitê para discutir com a Apple a possibilidade de reverter esse quadro.
"Estamos trabalhando junto com a Apple para que ela permita a criação de, no mínimo, um verificador de aplicações para garantir uma segunda camada de proteção ao usuário. Mas isso ainda está em fase de discussão", afirma Nelson Barbosa, especialista de comportamento digital da Norton.
Todos os aplicativos para iOS funcionam no ambiente virtual chamado "sandbox" (caixa de areia), em que os programas rodam de forma isolada do resto do sistema.
A Apple afirma que isso impede que um vírus reúna e colete dados do aparelho infectado, o que garantiria a segurança do usuário.
Gratuitos, os apps para iPhone e iPad oferecidos atualmente pelas empresas AVG, Kaspersky, McAfee e Norton são similares.
Eles têm recursos de detecção automática de sites maliciosos, com o objetivo de evitar golpes financeiros virtuais, e restringem o acesso a certas páginas, como as que oferecem conteúdo adulto.
"O ambiente do iPhone é mais controlado, mas isso não significa que o usuário esteja 100% seguro. E o pior, nesse caso, é que qualquer ameaça é extremamente danosa, porque ninguém se protege", diz Cláudio Martinelli, diretor de vendas da Kaspersky na América Latina.
ANDROID
Segundo a Kaspersky, as ameaças para Android cresceram 11.000% nos últimos 12 meses e essa tendência deve continuar devido à grande quantidade de aparelhos ativos com o sistema.
Junto com o número de ameaças, aumentaram também a quantidade de softwares de segurança. As empresas oferecem planos com preços entre R$ 30 e R$ 100 anuais para proteger de dois a cinco dispositivos. Entre os recursos oferecidos, estão varredura de vírus, rastreamento via GPS, possibilidade apagar dados remotamente e backup de dados.