“Tecnologia é mato, o que interessa são as pessoas”. A partir da frase de Daniel Pádua, Felipe Fonseca, palestrante da Virada Digital (que ocorre de 11 a 13 de maio em Paraty, Rio de Janeiro), revelou três pontos para termos uma tecnologia mais sustentável no futuro. Futuro esse, que estará baseado na relação interpessoal.
Em palestra realizada neste sábado (12/05), o especialista apontou que o cenário atual é ambíguo. Ele traz engajamento versus alienação. Ou seja, ao mesmo tempo em que ela serve para conectar pessoas, ela serve para deixar o indivíduo alheio ao mundo que roda a sua volta – por exemplo, as pessoas que utilizam smartphones e tablets para evitar contato com outras.
Para Fonseca, o futuro parece ser mais promissor. “Existem sinais de que as novas tecnologias não vão ser individualistas, consumistas e alienantes. O mundo que veio do software livre e do hardware livre é um exemplo. A ideia será de generosidade intelectual. Ainda existe essa possibilidade, apesar de ser embrionária”, avaliou.
Assim, ele listou três possibilidades que podem tornar melhor o futuro da tecnologia:
Bricotecnologias: as pessoas usam as coisas e têm acesso ao funcionamento interno das máquinas. Essa possibilidade surge em hackerspaces e a partir de indivíduos que utilizam essas estruturas para brincar e montar novas tecnologias. Laboratórios de fabricação são um exemplo. “A tecnologia não é mais sentar na frente de computadores, mas sim fazer objetos”, pontuou.
Eversão: a melhor maneira de caracterizar esse tópico é por meio da tecnologia de realidade expandida. Ou seja, quando o mundo real é expandido a partir da informação digital.
Laboratórios enredados: laboratórios que funcionam em redes para desenvolver o conceito de internet coletiva. Isso é feito a partir da cultura digital experimental para gerar questões e com a ajuda de pessoas para ajudar a responder essas questões.
Fonte: http://itweb.com.br